Este trabalho apresenta a análise de imagens multitemporais, produtos do sensoriamento remoto suborbital, como método para explicar a origem e evolução de estruturas fundiárias municipais. Utilizando-se desta técnica, demonstra-se que essas estruturas fundiárias são condicionantes para o desenvolvimento e expansão de áreas irregulares. O artigo está estruturado em três partes fundamentais. A primeira parte apresenta os conceitos fundamentais necessários ao entendimento do tema. A segunda apresenta o método utilizado para alcançar os objetivos específicos propostos e estrutura-se em: (i) método analítico; (ii) método cartográfico de investigação e (iii) técnicas de fotointerpretação utilizando classificação visual orientada a objetos. A terceira parte trata dos resultados e análises. São organizados visando à apresentação dos resultados da aplicação do método aos objetivos propostos. Na quadrícula escolhida para análise foram identificadas zonas com características homogêneas mediante o estabelecimento de classes nas quais foram identificadas as feições interpretadas. O SIG é apresentado como ferramenta de manipulação de dados e informações. A análise temporal regressiva identifica o surgimento, a expansão de áreas irregulares bem como a evolução da estrutura fundiária como condicionante para essa realidade. Apoiado por uma análise orientada a objetos, a utilização de imagens multiespectrais produzidas por voos aerofotogramétricos em escalas pequenas e alta resolução espacial facilitou a distinção de uma série de alvos urbanos. Permitiu o reconhecimento das diversas formas entre elas as formas geométricas e as texturas urbanas. Os resultados sugerem que a utilização de imagens multitemporais presta-se com eficiência para analisar a estrutura fundiária, explicar o surgimento e expansão de áreas irregulares e é ferramenta essencial para o planejamento urbano de uma área de interesse. As conclusões reconhecem que os produtos do sensoriamento remoto, bem como o método proposto devem ser utilizados para certificar e validar a existência dessas áreas. A utilização de imagens multiespectrais de alta resolução permitiu a classificação e interpretação das feições. A fotointerpretação das imagens apoiada na percepção do interprete e por uma análise orientada a objetos mostrou-se um método eficaz para áreas irregulares, garantido também pelo recorte reduzido da área de estudo.
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Rosenfeldt, Y. A. Z., & Loch, C. (2013). O USO DE IMAGENS MULTITEMPORAIS PARA O PLANEJAMENTO URBANO E CARACTERIZAÇÃO DE ÁREAS IRREGULARES. Revista Brasileira de Cartografia, 65(6). https://doi.org/10.14393/rbcv65n6-43887
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