O texto apresenta uma reflexão sobre a viabilidade do etnodesenvolvimento local para as comunidades de terreiros de candomblé, a partir da manutenção das suas tradições, pautadas na fitolatria (culto e adoração às plantas), como base de sua existência material e simbólica. O comportamento comunitário e uma linguagem próprios, regime interno bem definido, gastronomia peculiar, bem como símbolos, podem ser considerados sinais diacríticos que diferenciam as comunidades de terreiros de candomblé, assim como configuram-nas como populações tradicionais. O objetivo principal do trabalho é identificar as potencialidades das comunidades de terreiros em relação à sustentabilidade dos mesmos, a partir de suas práticas relativas ao uso dos componentes da natureza, em particular a flora. Com o propósito de avaliar a sustentabilidade das comunidades tradicionais de terreiros de candomblé – com base na sua identidade étnica – e nos direitos culturais para salvaguarda do seu patrimônio material e imaterial, vislumbra-se seu potencial produtivo para o etnodesenvolvimento local. A revisão bibliográfica e observação participante da pesquisa-ação são os métodos utilizados para subsidiar a contribuição ora apresentada. Com foco na diversidade étnica que formou as comunidades de terreiros de candomblé e na avaliação da execução de políticas públicas direcionadas à salvaguarda do patrimônio material /imaterial e à geração de emprego e renda para as comunidades de terreiros, permitindo construir perspectivas para o desenvolvimento local.
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Conceição, S. S., & Trevizan, S. D. P. (2016). Uma Estratégia para a Sustentabilidade das Comunidades de Terreiros de Candomblé. Gaia Scientia, 10(1), 145. https://doi.org/10.21707/gs.v10.n01a16
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