O óleo de Linhaça é um óleo natural constituído basicamente de triacilglicerol contendo alta porcentagem de ácidos graxos poliinsaturados que têm suas propriedades físico-químicas alteradas durante o processo de oxidação. Muitos estudos têm sido realizados para compreender o processo oxidativo que ocorre em óleos vegetais e para determinar os compostos formados durante a auto-oxidação destes materiais. A Termogravimetria (TG), a Análise Térmica Diferencial (DTA) e a Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) têm sido utilizadas principalmente no estudo da estabilidade térmica de materiais combustíveis e ainda são escassas no estudo do comportamento térmico do óleo de linhaça, por ser amplamente utilizado na fabricação de materiais pictóricos. Assim, avaliou-se o comportamento térmico do óleo de linhaça natural e envelhecido artificialmente por TG/DTG e por DTA, em atmosfera dinâmica de ar sintético e nitrogênio. Os resultados mostraram que, em atmosfera de nitrogênio, as amostras se decompõem em um estágio entre 30°C e 490°C, com perda de aproximadamente 95% da massa inicial. Em atmosfera dinâmica de ar sintético, as amostras reagem com o gás oxigênio e se decompõem em três estágios entre 30°C e 550°C formando 4,5% (massa) de resíduo. A diferença no processo de decomposição está relacionada com a complexidade da matriz e dos mecanismos envolvidos na auto-oxidação do óleo. Os espectros Infravermelhos (IV) destas amostras revelam que vários compostos oxigenados são formados durante o envelhecimento do óleo.
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Fonseca, M. M. da, & Yoshida, M. I. (2009). Análise térmica do óleo de linhaça natural e oxidado. Revista Vértices, 11(1), 61–75. https://doi.org/10.5935/1809-2667.20090006
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