Após resumir a evolução da abordagem das emoções e do inconsciente na psicologia e nos estudos recentes da neurociência e, do mesmo modo, condensar o espaço que esses tópicos ocupam nas principais teorias do século XX – que procuraram explanar o comportamento político, com ênfase no voto –, o texto apresenta quatro vertentes analíticas do campo que pode ser denominado de neuropolítica: a política entendida como disputa moral; o modelo de inteligência afetiva; a avaliação das estratégias emocionais das campanhas; e a mensuração direta das respostas emocionais e inconscientes a estímulos políticos. Na última etapa, o artigo apresenta a síntese dos resultados preliminares de um estudo pioneiro no Brasil, de caráter experimental, que, usando eletroencefalografia e eye tracker, buscou avaliar as respostas psiconeurofisiológicas de um grupo de eleitores da classe C diante de imagens dos candidatos presidenciais na eleição de 2010.
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LAVAREDA, A. (2011). NEUROPOLÍTICA: O PAPEL DAS EMOÇÕES E DO INCONSCIENTE. Revista USP, (90), 120–147. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i90p120-147
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