A abordagem sistêmica tem sido amplamente disseminada, com significativa aceitação e aplicabilidade na ciência geográfica, principalmente na Geografia Física. A abordagem geossistêmica se refere, muitas vezes apenas ao simples agrupamento de informações temáticas sobre os elementos naturais, empregando a sobreposição de mapas e a interpretação visual como as principais técnicas para individualização e espacialização das unidades homogêneas. Nesse sentido, esse artigo objetiva apresentar a compartimentação geoambiental da Serra de Martins-RN, realizada com suporte na abordagem sistêmica e utilizando a análise multivariada de agrupamento (cluster analysis) como técnica de identificação e de espacialização das unidades geoambientais. Os procedimentos metodológicos utilizados seguiram a ordem: tratamento e análise dos dados, taxonomia das unidades, descrições físico-geográficas, tabulação, e cartografia. Para a aplicação das técnicas estatísticas foi utilizado um conjunto de dados envolvendo variáveis geológicas, geomorfológicas, pedológicas, fitogeográficas e de cobertura da terra, das quais foram selecionadas as mais significativas aplicando-se a técnica de Análise de Componentes Principais a partir da variância mínima. O método possibilitou identificar e espacializar seis Classes de Fácies. Ao final, constatou-se que, embora exista conhecimento mais aprofundado em manipulação de dados e no uso de técnicas complexas, a aplicação de tratamento estatístico mostrou-se objetiva e eficaz para a compartimentação geoambiental.
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Medeiros, J. F. de, & Cestaro, L. A. (2020). O emprego de técnicas estatísticas para a compartimentação geoambiental da Serra de Martins-RN. Sociedade & Natureza, 32, 404–415. https://doi.org/10.14393/sn-v32-2020-46691
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