A maior parte dos estudos realizados em ambientes florestais no Brasil, foram executados em ambientes úmidos enquanto as florestas tropicais secas são quase sempre negligenciadas em termos de pesquisas o que consequentemente influencia na conservação desses ecossistemas. Desse modo, gerar conhecimentos acerca dessa fitofisionomia é muito importante para a elaboração de estratégias eficazes e efetivas de conservação das florestas estacionais deciduais e de garantia dos direitos sociais das comunidades que vivem dos recursos dessas florestas. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo é fazer uma revisão da literatura acerca dos processos de correlação entre as características pedológicas e a estrutura da vegetação nas florestas estacionais deciduais ao longo da escala espacial em que se distribuem essas formações. Por ser um ecossistema amplamente marcado pelo estresse hídrico e climático a interação solo-planta tende a ser mais forte nas florestas estacionais deciduais do que em outros tipos de floresta tropical como as florestas úmidas, desse modo a não geração, divulgação e propagação de conhecimento sobre a ecologia desse ecossistema implica na utilização de estratégias de conservação e manejo elaboradas a partir de estudos realizados em outras formações, que podem não ser aplicáveis as Matas Secas em sua ampla diversidade de hábitats e condições estruturais, geográficas e pedogeomorfológicas. Assim é necessário avançar na realização de pesquisas que contemplem a interação entre os diversos componentes da paisagem que abriga as florestas estacionais deciduais.
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Gonçalves, T. S. (2015). A floresta estacional decidual no Brasil: distribuição geográfica e influência dos aspectos pedogeomorfológicos na vegetação. Revista Monografias Ambientais, 14(1), 144–153. https://doi.org/10.5902/2236130815213
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