A práxis do professor têm sido alterada constantemente. Atualmente, a BNCC (2017) classifica o docente como um curador, além de trabalhos recentes (VENANCIO SOUSA, 2021; ARAÚJO, 2019) já discutirem o que é de fato essa nova forma de trabalho. Este trabalho busca analisar discursos de licenciandos de um curso de Letras Português, de uma Universidade Tecnológica Federal do Sul do Brasil, a respeito de um possível conceito para curadoria no campo educacional. No tocante ao embasamento teóricometodológico, a pesquisa tem como ancoragem a Análise Dialógica de Discurso (ADD), a partir dos estudos do Círculo de Bakhtin (BAKHTIN, 2015[1975], 2018[1963], 2016[1979], 2018[1975]; VOLÓCHINOV, 2018[1929], 2019[1930]) tomando como baliza conceitos como: linguagem, dialogismo, ideologia, enunciado e discurso. Para analisar as concepções dos licenciandos a respeito de curadoria, busca-se, também, aporte em estudos da Linguística Aplicada (KLEIMAN, 2006; LEFFA, 2006; ARAÚJO, 2019, dentre outros) e Tecnologias da Educação (DESCHAINE E SHARMA, 2015). Como resultados obtidos, foram observadas regularidades discursivas acerca do conceito de curadoria, relacionando-a ao contexto educacional, de modo a pensar essa prática como uma inovação à práxis docente, mas cabe salientar que houve enunciados que problematizaram a curadoria como uma prática já existente no fazer do professor. Nesse sentido, a curadoria foi discursivizada como: a) um processo de mediação; b) uma prática na/da educação a distância; c) um método ligado ao espaço da cultura digital; d) uma prática comparada à elaboração didática.
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Sousa, L. G. V. (2024). Curadoria. Revista de Educação Da Unina, 4(1). https://doi.org/10.51399/reunina.v4i1.205
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