É o computador que programa a criança ou é a crian- ça que programa o computador? A quem serve o quadro branco interativo? Quais são os objetivos que justificam o investimento de uma escola na tecnologia digital? A intenção do uso da tecnologia e a preferência em vista do agenciamento na transação da aprendizagem têm muito a ver com os benefícios para o aluno. É impossível discutir os benefícios potenciais da aprendizagem no uso do computador sem uma linguagem precisa para descrever o valor que acrescenta o computador. Muitos educadores que utilizam computadores e seus críticos elevam a importância do uso de computadores a um patamar superficial, ao mesmo tempo em que marginalizam seus usos mais elevados. Atualmente, tem sido concedida equivalência a todos os modos de atividades baseadas no computador, faltando uma medida adequada para avaliar seu valor. Quando combinados com o uso liberal e muitas vezes impreciso dos termos, como construtivista, ficamos com uma cultura do relativismo intelectual, onde a voz mais alta define a ordem do dia. Este trabalho tenta definir o continuum em que se situa o uso de computadores para reforçar a prática tradicional e as idéias em potencial. Paradigmas existentes para avaliação de tecnologia educacional confundem ensino e aprendizagem ao fazer pouco caso do valor de uma atividade. O currículo e a fluência do professor são confundidos com o aprendizado do aluno. Estes esquemas podem descrever a prática de ensino, mas oferecem pouco benefício previsto aos alunos. Este trabalho propõe a criação de um continuum que procura dissipar o distanciamento entre as rotinas da educação tradicional, eventualmente reforçadas pelo uso do computador, e o tipo de construção de idéia poderosa, que só é possível acontecer com o uso intencional do computador, visando beneficiar, sobretudo, ao aluno. Os fatores de articulação, intencionalidade e agenciamento não só influencia o que é aprendido, como também tem implicações em orçamentos, desenvolvimento profissional, currículo e investimento em tecnologia.
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Stager, G. S. (2009). Intencionalidade e agenciamento na previsão do potencial de aprendizagem em uma atividade computacional. Informática Na Educação: Teoria & Prática, 12(1). https://doi.org/10.22456/1982-1654.12134
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