A partir de um diálogo entre as contribuições teóricas de Zygmunt Bauman, Boaventura de Sousa Santos e Paulo Freire, defendemos que a formação da cidadania nas escolas públicas em tempos líquidos, de avanço das políticas neoliberais e da individualização da vida dos sujeitos, precisa ser pensada em projetos educativos que problematizem uma ecologia de saberes contra-hegemônicos, na intencionalidade de ampliar a leitura de mundo dos estudantes buscando a sua conscientização. Nesse contexto, o objetivo desse ensaio foi problematizar temas relacionados com a saúde nas aulas de Educação Física com uma turma de 2º ano do Ensino Médio. A partir da produção pautada nas Ciências Humanas, foram debatidos com os discentes artigos que abordavam três temas geradores, tais como “corpo, saúde e padrões de beleza”, “esporte, atividade física e saúde” e “saúde, condições socioeconômicas, envelhecimento e diversidade”, rompendo a relação mecanicista entre exercício e qualidade de vida. Na perspectiva de que todos e todas pudessem ler o mundo de forma crítica, os debates foram evidenciados pelos jovens em forma de charge, tirinha ou história em quadrinhos, com a intencionalidade de produzir conhecimentos a partir de diferentes linguagens.
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Araújo, M. L. B. de, & Maldonado, D. T. (2021). Educação cidadã e a saúde na Educação Física escolar: a humanização em tempos líquidos. Motrivivência, 33(64), 1–26. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2021.e82879
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