Enquadramento: comunicar assertivamente apresenta-se como uma habilidade social. É indispensável à prática de enfermagem, nomeadamente de saúde familiar, para assegurar o sucesso das relações com utentes, famílias e equipa. Objetivos: analisar a relação entre as características sociodemográficas e profissionais dos enfermeiros das Unidades de Saúde Familiar de um ACeS da região norte de Portugal e a adoção de comportamentos assertivos. Metodologia: quantitativa, do tipo transversal descritivo-correlacional. Amostra constituída por 66 enfermeiros. Dados recolhidos através de questionário eletrónico, constituído por duas partes: características sociodemográficas e profissionais e escala de avaliação de comportamentos assertivos dos enfermeiros. Resultados: os enfermeiros adotam frequentemente comportamentos assertivos com o utente e com a equipa multidisciplinar (4,86±0,65). Verificou-se uma relação estatisticamente significativa entre a experiência em outros serviços e o gosto pelo local de trabalho e a adoção de comportamentos assertivos. Evidenciou-se uma correlação positiva entre o tempo de serviço na carreira e a adoção de comportamentos assertivos. Conclusões: os elevados níveis de comportamentos assertivos evidenciados garantem uma prática eficaz e segura, para profissionais e utentes. As características profissionais, contrariamente às sociodemográficas, foram as que apresentaram mais relação com os comportamentos assertivos. Promover ambientes favoráveis à prática pode ser determinante para a assertividade dos enfermeiros.
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Machado, D., Almeida, A., & Tavares, J. (2023). Relação entre características sociodemográficas e profissionais e comportamentos assertivos dos enfermeiros. Revista de Investigação & Inovação Em Saúde, 5(2), 47–58. https://doi.org/10.37914/riis.v5i2.236
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