A campanha presidencial brasileira de 2018 mostrou forte desgaste de imagem da política tradicional (partidos e políticos). Trouxe evidências – que já tinham sido observadas nos Estados Unidos – de que os seguidores da extrema-direita seriam mais propensos a propagar notícias fraudulentas nas redes sociais. O presente artigo revisita várias pesquisas sobre as eleições de 2018 no Brasil e as de 2016 nos Estados Unidos e anota que, ao menos pelos dados disponíveis, o populismo de viés conservador (de direita) dá sinais de ser mais eficaz no uso das fake news, tirando mais vantagens da ruptura entre o debate político e aquilo a que Hannah Arendt deu o nome de “verdade factual”. Resta saber, a partir de agora, se novos estudos confirmarão a maior aptidão do conservadorismo político para o uso das notícias fraudulentas e quais consequências sobrevirão para a ordem democrática.
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Bucci, E. (2019). Seriam as fake news mais eficazes para campanhas de direita? Novos Olhares, 8(2), 21–29. https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2019.162062
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