Considerando a trajetória de luta dos movimentos sociais em defesa e na construção de uma educação para as populações campesinas, este artigo tem por objetivos apontar e discutir as possibilidades e limitações da concepção de educação do campo, na medida em que entendemos que essa discussão se torna ainda mais importante quando consideramos que a sociedade capitalista está organizada em classes sociais, havendo amplo domínio da classe que detém os meios de produção sobre aquela que vende a sua força de trabalho para assegurar a própria existência. Tomamos como orientação metodológica os elementos constituintes da análise técnica-documental, visto que esta admite como fontes os livros e escritos científicos bem como leis, resoluções, portarias e pareceres federais, estaduais e municipais. Optamos pela análise técnica-documental, pois os documentos constituem fonte estável e perene de informações, persistem ao longo do tempo e podem ser consultados repetidas vezes, o que proporciona maior estabilidade às conclusões do pesquisador. Constatamos o reconhecimento por parte dos movimentos sociais em defesa de uma educação do campo da importância do conhecimento no processo formativo para as populações campesinas, acampadas e assentadas bem como uma compreensão mais objetiva de sua relevância na luta para a transposição da sociedade capitalista.
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Santos, F. R. dos, & Bezerra Neto, L. (2017). Práxis educativa para as populações campesinas brasileiras: do ruralismo pedagógico ao materialismo histórico-dialético. Acta Scientiarum. Education, 39(4), 453. https://doi.org/10.4025/actascieduc.v39i4.31676
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