JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O manuseio da hemostasia do paciente submetido à circulação extracorpórea (CEC) permanece como um grande desafio. Novos métodos de monitorização, novas drogas hemostáticas e inibidores da função plaquetária vêm sendo incorporados no pré, intra e pós-operatório. A natureza multifatorial dos distúrbios da hemostasia causados pela circulação extracorpórea exige conhecimento da fisiopatologia desses processos e avaliação acurada da hemostasia para anticoagulação eficaz durante a CEC e manutenção de hemostasia adequada após a cirurgia. Tempo de coagulação ativado (TCA) e coagulograma não bastam para esse manuseio. É necessária avaliação mais ampla através de monitores capazes de medir a função plaquetária e a dinâmica do processo hemostático como um todo. CONTEUDO: A hemostasia é resultado do equilíbrio entre os componentes dos sistemas de coagulação, anticoagulação e fibrinólise. Esse equilíbrio sofre ruptura durante a CEC, tornando o paciente susceptível a sangramento microvascular. A CEC induz alteração no crescimento da força plaquetária e nas propriedades elásticas do coágulo, de etiologia multifatorial. O uso de hemoderivados é constante e surge a necessidade de protocolos para orientar decisões para terapia transfusional. É importante determinar a função plaquetária, através de monitores que medem as propriedades visco-elásticas do coágulo, como tromboelastógrafo (TEG) e Sonoclot. CONCLUSÕES: O tromboelastógrafo é um importante monitor da hemostasia na abordagem dos pacientes submetidos a CEC. Tem sido incorporado com bons resultados nos protocolos de avaliação dos distúrbios hemostáticos e de terapêutica transfusional.
CITATION STYLE
Maia, P. V., Araújo, G. Z. de, & Faria, M. D. de. (2006). Tromboelastógrafo em cirurgia cardíaca: estado atual. Revista Brasileira de Anestesiologia, 56(1). https://doi.org/10.1590/s0034-70942006000100011
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.