A teoria dos fatores comuns sustenta a existência de variáveis comuns responsáveis pela equivalência dos resultados entre as diversas abordagens de intervenção. A literatura indica que parte considerável da variação nos resultados de um tratamento pode ser explicada por fatores ditos fatores comuns ou fatores da relação terapêutica e boa parte deles são relacionados aos atributos do terapeuta. O movimento dos fatores comuns tomou força com o advento das proposições rogerianas. Além disso, as críticas à eficácia das psicoterapias também impulsionaram os estudos sobre os fatores comuns. Recentemente, dados empíricos chamam a atenção para as características de um terapeuta naturalmente reforçador de melhoras do cliente. O objetivo do presente estudos foi identificar a menção dos fatores comuns ao longo do tempo pela terapias comportamentais. O método consistiu em conduzir uma revisão sistemática, verificando a menção de fatores comuns em periódicos representativos da Análise Comportamental Clínica. Os resultados indicaram que 21 dos 27 artigos selecionados se referiram à relação terapêutica, havendo um expressivo crescimento de alusões aos termos com o advento da Análise Comportamental no campo da clínica. Quanto à expressão “fatores comuns” e correlatas, o número de citações foi baixo. Discute-se a atenção crescente, ao longo dos anos, por parte da Análise Comportamental Clínica aos aspectos da relação terapêutica.
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Fernandes, T. A. L., Popovitz, J. M. B., & Da Silveira, J. M. (2017). A utilização da terminologia sobre os fatores comuns na análise comportamental clínica. Perspectivas Em Análise Do Comportamento, 4(1), 19–31. https://doi.org/10.18761/perspectivas.v4i1.103
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