O presente artigo soma-se à discussão de igualdade de gênero no ensino superior ao explorar o universo de estudantes dos cursos de graduação presencial da Universidade Federal da Paraíba - UFPB/Campus I, mapeando a participação de homens e mulheres por área de conhecimento e por curso, considerando as variáveis sexo e gênero. Como procedimento metodológico, adotamos o estudo de caso exploratório e descritivo. Este estudo consistiu em um levantamento estatístico, com dados fornecidos pela Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPB, abordando o quantitativo de estudantes matriculados no período letivo 2016.2. Ao distribuirmos estes dados segundo as áreas de conhecimento, percebemos que as mulheres continuam sub-representadas nas Ciências Exatas, Naturais, Tecnologia e Engenharias (33%) permanecendo nas áreas compreendidas como femininas – Ciências Humanas (57%) e Ciências Biológicas e da Saúde (63%). Os cursos nas áreas de Educação, Saúde e Bem-Estar Social, Serviços e Humanidades, considerados femininos, são os que mais atraem as mulheres. Seguindo esta tendência tradicional, os homens preferem cursos de Artes, Tecnologia e Ciências Exatas. Contudo, se considerarmos a pequena participação de mulheres nos cursos masculinos e de homens nos cursos femininos, podemos constatar que ainda estamos longe de alcançar a igualdade de gênero na academia, como sonhou Nísia Floresta no século XIX.
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Silva, S. K., & Prestes, E. M. da T. (2018). IGUALDADE DE GÊNERO NO ENSINO SUPERIOR: AVANÇOS E DESAFIOS. Revista Temas Em Educação, 27(2), 191. https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2018v27n2.37352
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