Em diversos momentos de sua trajetória filosófica Deleuze recorre à Leibniz. Num primeiro momento para pensar a síntese ideal da diferença em Diferença e Repetição (1969), não sem antes ter tecido duras críticas ao infinito leibniziano. Neste artigo nos consagraremos a este momento. Buscaremos demonstrar a importância do conceito de causa imanente de Espinosa, assim como do princípio de razão suficiente e de suas funções no pensamento leibniziano. Apresentaremos a crítica deleuziana do conceito de identidade em Leibniz e a interpretação do cálculo diferencial que serve de base para a construção do processo de determinação conceitual, ou seja, para a síntese ideal da diferença, tema do capítulo IV de Diferença e repetição. A relevância deste artigo está na tentativa de demonstrar que a tese da univocidade do ser não pode ser compreendida sem sua contrapartida, a equivocidade dos sentidos através dos quais o ser se diz e em explorar consequências desta tese para a reconstrução deleuziana da relação empírico-transcendental. Procuraremos demonstrar que Deleuze precisa recorrer a Leibniz para pensar a diferença ilimitada.
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Agostinho, L. D. (2016). DELEUZE E LEIBNIZ: UM ÚNICO LANCE DE DADOS OU A UNIVOCIDADE DO SER E A EQUIVOCIDADE DE SEUS SENTIDOS. Cadernos Espinosanos, (34), 105. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2016.116949
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