O objetivo do trabalho foi identificar aspectos que interferem na atuação dos agentes de controle de vetores e comunitários de saúde no Programa de Controle do Dengue e na adesão da população. Utilizou-se metodologia de grupos focais, nos quais foi discutida a relação agente-serviço-população. O controle e prevenção do dengue foram considerados atividades de menor importância, e o agente ideal seria aquele capaz de encaminhar todas as demandas e não só aquelas relacionadas ao dengue. Os agentes de controle de vetores apontaram para problemas como recusa e falta de adesão, identificação como coletores de lixo, diferenciação de status em relação aos agentes comunitários de saúde. Entre as mulheres, identificaram-se a relação de culpabilização entre vizinhos, a associação do problema do dengue à falta de higiene e a relação entre casa limpa e ausência de criadouros. Os aspectos destacados interferem negativamente na atuação dos agentes e são condicionados pela característica vertical do programa. Encaminhamentos possíveis: incorporação dos agentes de controle às Unidades de Saúde, investimento na integração intersetorial e criação de condições para que os agentes atuem sobre o meio ambiente.This study aimed to identify the aspects that interfere with the performance of vector control agents and community health workers and population adherence to dengue control programs. The focal group methodology was applied to discuss the relations between the program, health agents, and population. According to the results, dengue control and prevention were considered relatively unimportant activities, i.e., ideal community health workers would be capable of solving other (supposedly more important) problems. Vector control agents emphasized the population's lack of adherence and the fact that they (the control agents) were confused with garbage collectors (considered less important than community health workers, and with a focus more on productivity than quality). Women frequently blamed neighbors for the dengue problem and associated the disease with lack of hygiene. These aspects have a negative impact on dengue control agents' work and result from the program's vertical structure. Possible solutions would be to incorporate the agents into community health clinics, encourage cooperation between departments, and provide the conditions for them to intervene in the environment.
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Chiaravalloti Neto, F., Baglini, V., Cesarino, M. B., Favaro, E. A., Mondini, A., Ferreira, A. C., … Ferraz, A. A. (2007). O Programa de Controle do Dengue em São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil: dificuldades para a atuação dos agentes e adesão da população. Cadernos de Saúde Pública, 23(7), 1656–1664. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2007000700017
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