O Vitiligo é uma doença dermatológica caracterizada pela presença de máculas hipopigmentadas na pele. Considerando-se que seus efeitos não se limitam a dimensão biológica do sujeito, se supõem impactos negativos na qualidade de vida de seus portadores. Nesse contexto, sabendo-se da incipiência de pesquisas brasileiras que busquem entender aspectos alusivos da qualidade de vida deste público, buscou-se no presente estudo verificar a relação entre variáveis sociodemográficas de pessoas com Vitiligo, assim como suas percepções de discriminação e gravidade da afecção em suas qualidades de vida. Trata-se de um estudo quantitativo de cunho descritivo e exploratório, em que participaram 200 brasileiros com Vitiligo, a maioria do sexo feminino (73%), de cor de pele branca (50,5%) e prevalentemente residentes do Sudeste do Brasil (31,02%). Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário sociodemográfico e a escala Vitiligo-specific health-related quality of life instrument (VitiQoL). Os resultados apontaram que participantes do sexo feminino, de cor de pele negra, de baixa renda e com acromias em áreas de fácil percepção social demonstraram piores índices de qualidade de vida. Discute-se os achados com a literatura pertinente e espera-se que os mesmos contribuam para o desenvolvimento de políticas públicas de intervenção junto a brasileiros com Vitiligo.
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Do Bú, E. A., Alexandre, M. E. S., & Santos, V. M. (2021). Qualidade de Vida de Pessoas com Vitiligo: Um Estudo Exploratório Brasileiro. Revista de Psicologia Da IMED, 13(1), 264. https://doi.org/10.18256/2175-5027.2021.v13i1.4236
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