Este artigo parte de duas premissas: a primeira considera que o movimento filosófico que vem sendo conhecido sob a rubrica de Realismo Especulativo (RE) tem um caráter disruptivo por deslocar para uma virada especulativa, com ênfase na construção de uma ontologia voltada ao objeto (OOO), a precedente virada linguística que dominou o cenário da filosofia, incluindo a filosofia analítica, no decorrer de todo o século XX. A segunda premissa considera que o caráter disruptivo é constitutivo de toda arte, um caráter que a diversidade e heterogeneidade da arte contemporânea, incluindo arte digital e ciênciarte, tem acentuado sua disrupção. Diante disso, a aproximação entre o RE e a arte contemporânea tornou-se inevitável. Após a apresentação do panorama do RE e das condições atuais da arte, este artigo discute os fios de aproximação entre ambos.
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Santaella, L. (2018). Uma filosofia disruptiva para uma arte disruptiva. Revista ECO-Pós, 21(2), 284. https://doi.org/10.29146/eco-pos.v21i2.20497
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