Referencial de análise para a estudo da relação trabalho, mulher e saúde

  • Brito J
  • D'Acri V
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Abstract

Este texto procura mostrar a importância da abordagem de gênero na construção teórica da área de Saúde do Trabalhador, uma vez que homens e mulheres são expostos a condições de trabalho diferenciadas no processo produtivo. No caso das trabalhadoras, destaca-se a conjugação do capitalismo e patriarcalismo como determinantes da opressão feminina nas relações hierárquicas do trabalho, assim como a responsabilidade social oculta do trabalho doméstico, realizado na esfera do privado, o que distancia a mulher do mundo social e político e gera fortes impactos à sua saúde. Pela divisão sexual do trabalho, são reservadas às trabalhadoras, na indústria, as tarefas mais repetitivas e que exigem grande resistência nervosa - condições que não são especialmente saudáveis e que implicam um padrão específico de desgaste. Concluímos que são necessárias mudanças nos planos da vida social, além da ruptura das crenças que sustentam a divisão sexual do trabalho, para que se transformem as condições agressivas impostas à saúde dos homens e mulheres, no processo de trabalho.The present paper aims at showing the importance of the gender approach in the theoretical construction of the field of worker's health since men and women are exposed to different work conditions within the productive process. In the case of female workers, we point to the liaison of capitalism and patriarchy as determinants of women's oppression in the hierarchical relationships of labor as well as to the hidden social responsability of the housework, which is carried out in the private sphere thus keeping women distant from the social and political world and generating strong impacts on their health. According to the sexual division of labor, female work in industry is restricted to rather repetitive tasks that require a great nervous resistance - not especially healthy conditions that lead to a specific consuming pattern. We concluded that changes should occur in the social life schemes, besides breaking with the myths that support the sexual division of labor, so that the aggressive conditions imposed on men and women's health in the work process can be altered.

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Brito, J. C. de, & D’Acri, V. (1991). Referencial de análise para a estudo da relação trabalho, mulher e saúde. Cadernos de Saúde Pública, 7(2), 201–214. https://doi.org/10.1590/s0102-311x1991000200006

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