A cirurgia filtrante n�o penetrante tem sido alvo de muita discuss�o nos �ltimos anos. As duas t�cnicas mais praticadas s�o a viscocanalostomia e a esclerectomia profunda n�o penetrante com trabeculectomia externa. Elas t�m por objetivo abaixar a press�o intra-ocular, diminuindo a resist�ncia ao escoamento do humor aquoso. Os pontos em comum destas duas t�cnicas s�o: a retirada de um retalho escleral profundo, pr�-ciliar e pr�-coroidiano; abertura e retirada da parede externa do canal de Schlemm; al�m da retirada do estroma corneano, situado � frente do trabeculado anterior e da membrana de Descemet. Ambas as t�cnicas levam � forma��o de um espa�o denominado c�mara de descompress�o. O humor aquoso deixa a c�mara anterior, atravessando a fina membrana trabecular residual e permanece na c�mara de descompress�o at� ser absorvido por diferentes maneiras. Na viscocanalostomia, h� a inje��o de um produto viscoel�stico nas duas extremidades abertas do canal de Schlemm, a fim de abrir a luz do canal e seus eferentes, para que o humor aquoso drene mais facilmente. J� na esclerectomia profunda com trabeculectomia externa, o ponto essencial � a retirada da membrana trabecular externa (trabeculado juxtacanalicular e parede interna do canal de Schlemm). Os estudos retrospectivos e prospectivos de ambas as t�cnicas, que as comparam � trabeculectomia, relatam taxas de sucesso similares, com menor incid�ncia de complica��es p�s-operat�rias e recupera��o visual mais r�pida com a cirurgia n�o penetrante. O objetivo deste artigo � expor e descrever as diferentes t�cnicas, seus mecanismos de a��o, seus resultados atrav�s da an�lise da literatura.(AU)^ipt
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Guedes, R. A. P., & Guedes, V. M. P. (2006). Cirurgia filtrante não penetrante: conceito, técnicas e resultados. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 69(4), 605–613. https://doi.org/10.1590/s0004-27492006000400029
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