O extraordinário número de pesquisas e estudos relacionados ao processo de aprender e ensinar línguas/ culturas estrangeiras dá uma pista de que se trata de um tema em constante e cada vez mais crescente ascenção (por mais tautológica que esta afirmação possa parecer). Esse tema adequa-se, por sua vez, ao momento histórico que vivemos, designado por vezes "Era da Informação", por outras "Globalização", entre outras alcunhas. Para ilustrar essas prerrogativas, podemos citar o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (QECRL), documento elaborado pelo Conselho da Europa, descrito como "um instrumento linguístico essencial para a harmonização do ensino e da aprendizagem das línguas vivas na grande Europa". O texto do QECRL destaca os seguintes objetivos políticos relacionados às suas ações no amplo espectro em que consiste o ensino de línguas: • preparar todos os Europeus para os desafios da enorme mobilidade internacional e de uma cooperação mais próxima não só nos domínios da educação, cultura e ciência, mas também nos domínios do comércio e da indústria; • promover a compreensão e a tolerância recíprocas e o respeito pela identidade e diversidade cultural através de uma comunicação internacional mais eficaz; • manter e desenvolver a riqueza e a diversidade da vida cultural europeia através de um conhecimento recíproco e cada vez maior das línguas nacionais e regionais, incluindo aquelas que são menos ensinadas; • responder às necessidades de uma Europa multilíngue e multicultural, desenvolvendo de forma considerável a capacidade dos europeus comunicarem entre si, para lá de fronteiras linguísticas e culturais, o que exige um esforço bem alicerçado ao longo da vida, que deve ser encorajado, visto numa base mais organizada e financiado em todos os níveis de ensino pelas autoridades competentes; • evitar os perigos que possam resultar da marginalização daqueles que não possuam as capacidades necessárias para comunicarem numa Europa interactiva. (QECRL, 2001: 22) Percebemos, nesse documento, o destaque para o componente sociocultural no processo de aprendizagem de línguas.
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Caicedo Asprilla, H., & Jiménez Restrepo, D. M. (2022). FUNDAMENTOS TEÓRICOS. In El reto de la construcción de la gobernanza del sistema de competitividad, ciencia, tecnología e innovación en el Valle del Cauca. Un desafío para la región (pp. 111–126). Programa Editorial Universidad del Valle. https://doi.org/10.25100/peu.680.cap10
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