Este artigo propõe uma reflexão crítica acerca da crescente participação da mulher na atividade empreendedora no Brasil, no contexto das mudanças contemporâneas do mundo do trabalho. A análise da atividade empreendedora feminina desenvolvida neste trabalho procurou retratar a situação real da atividade empreendedora da mulher brasileira, suas limitações e potencialidades. O presente estudo associa métodos quantitativos e qualitativos, nos quais, por meio de dados quantitativos provenientes da Pesquisa GEM 2009, descreve-se o perfil da atividade empreendedora da mulher brasileira. Para análise qualitativa levou-se em consideração os dados secundários provenientes de fontes secundárias (IBGE, PNAD, OIT, OMS, entre outras) e os conceitos teóricos, tais como trabalho precário (CASTELLS, 1998; CATTANI e HOLZMANN, 2006; THÉBAUD- MONY e DRUCK, 2007), trabalho decente (OIT, 2006) e atividade empreendedora (WENGER, 1998; Lindo et al., 2007; Bulgacov, Camargo e Cunha, 2008; Ramos, 1989; Arendt, 2001). Os resultados demonstraram que as condições de precariedade a que muitas mulheres estão expostas na atividade empreendedora dificilmente poderão ser revertidas apenas com o aumento da participação feminina no mercado de trabalho e como empreendedoras, exigindo também a elaboração e implementação de políticas públicas destinadas especialmente à mulher empreendedora.
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Mazziotti Bulgacov, Y. L., De Camargo, D., Kind da Cunha, S., Meza, M. L., Brolesi Souza, R. M., & Da Rosa Tolfo, S. (2017). Atividade empreendedora da mulher brasileira: Trabalho precário ou trabalho decente? Psicologia Argumento, 28(63). https://doi.org/10.7213/psicolargum.v28i63.20309
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