Esse artigo traz uma revisão da literatura brasileira sobre índices de vulnerabilidade às inundações, onde foram analisados 21 artigos publicados entre os anos de 2006 até julho de 2019. Verifica-se que 85% dos estudos ocorreram após o ano de 2015, tema recente no país. A escala de aplicação mais utilizada foi a de setor censitário com base em indicadores obtidos pelo censo de 2010 realizado pelo IBGE e a maioria dos estudos focou em indicadores relacionados à etapa pré-evento de inundação. Muitos artigos criaram índices de risco por meio da união entre o mapeamento de perigo às inundações e do índice de vulnerabilidade. Em termos das etapas para a construção do índice de vulnerabilidade, a maioria aplicou para normalização o método mínimo-máximo, sendo que foram atribuídos pesos iguais aos indicadores e agregados de forma linear. Os indicadores mais utilizados na composição do índice foram: renda per capita, domicílios com banheiro sem esgotamento sanitário, densidade demográfica, domicílios com ou sem abastecimento de água na rede, e domicílios particulares precários. Em contrapartida vale destacar as limitações na criação de índices, devido à ausência de análise de sensibilidade e incerteza em todos os estudos e de validação em 95% dos casos.
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Lavagnoli Moreira, L., & Kobiyama, M. (2021). PANORAMA DE ESTUDOS SOBRE ÍNDICE DE VULNERABILIDADE ÀS INUNDAÇÕES NO BRASIL ATRAVÉS DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Caminhos de Geografia, 22(79), 309–320. https://doi.org/10.14393/rcg227952240
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