Do “locutor de notícias”, que se limitava a ler as informações com atitude distanciada e em estilo radiofônico, ao “âncora”, que se posiciona enfaticamente sobre os fatos noticiados, podemos observar, grandes transformações nos perfis dos apresentadores de telejornal. É possível identificar, especialmente a partir dos anos 90, uma tendência geral à personalização dos apresentadores, provocando, conseqüentemente, uma mudança na própria retórica dos telejornais. Essa nova estratégia retórica dos telejornais depende, agora, da ênfase dada à construção do éthos dos seus apresentadores (uma imagem construída pelo próprio discurso). Este estudo aponta características definidoras de quatro tipos de éthos entre os apresentadores brasileiros, indicando como sua configuração é determinada, preliminarmente, pelas estratégias enunciativas adotadas pelos telejornais.
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Fechine, Y. (2008). Performance dos apresentadores dos telejornais: a construção do éthos. Revista FAMECOS, 15(36), 69. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2008.36.4417
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