Considerando que a proposta do Sistema Clima Urbano – SCU, Monteiro (1976), completou 40 anos, o presente trabalho visa desenvolver algumas reflexões sobre os seus pressupostos teórico-metodológicos, bem com sua aplicabilidade e os avanços técnicos verificados nas últimas décadas. As propostas do professor Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro foram basilares para o desenvolvimento tanto da escola da climatologia dinâmica brasileira, quanto da escola da climatologia urbana brasileira. Essas propostas estão fundamentadas na revisão do conceito de clima de Max Sorre e Pierre Pédelaborde, bem como na Teoria Geral dos Sistemas de Ludwig Von Bertalanffy. A partir destas contribuições Monteiro, criou o conceito de Análise Rítmica em climatologia, além de introduzir o tratamento do clima a partir da perspectiva sistêmica. Ao se analisar a produção da climatologia urbana brasileira, percebe-se que a grande maioria dos trabalhos está pautada no Sistema Clima Urbano ou a ele fazem referência, o que demonstra que a aplicabilidade da proposta é plenamente atual e permite a compreensão das características climáticas das cidades. Do ponto de vista técnico, considera-se que houveram avanços significativos, que por sua vez permitiram uma compreensão mais detalhada do SCU, sobretudo em relação a sua dinâmica espacial e temporal.
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Ugeda Júnior, J. C., & Amorim, M. C. de C. T. (2016). REFLEXÕES ACERCA DO SISTEMA CLIMA URBANO E SUA APLICABILIDADE: PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS E INOVAÇÕES TÉCNICAS. Geography Department University of Sao Paulo, (spe), 160. https://doi.org/10.11606/rdg.v0ispe.119402
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