Apesar do excelente prognóstico, aproximadamente 20-40% dos pacientes com carcinoma diferenciado da tireóide (CDT) evoluem com recidiva tumoral e o prognóstico está relacionado principalmente à detecção precoce da doença. Desta forma, o acompanhamento permanente dos pacientes com exames sensíveis é fundamental. A tireoglobulina (Tg) sérica já demonstrou importância como marcador de recidiva. Entretanto, sua dosagem apresenta ainda algumas dificuldades, como a interferência com anticorpo anti-Tg, e a sensibilidade dependente do nível de TSH. A amplificação de mRNA tumor-específico extraído a partir de células neoplásicas na corrente sangüínea apresentou resultados iniciais promissores. No entanto, após quase uma década de estudo da detecção do mRNA de Tg no sangue, ainda não foi estabelecida sua real contribuição no acompanhamento dos pacientes com CDT. Após análise crítica dos estudos publicados, verifica-se a enorme diversidade de protocolos empregados e resultados conflitantes. Desta forma, até o momento, a amplificação de mRNAs tireóide-específicos não é superior à dosagem de Tg sérica existente. A possibilidade de transcrição ilegítima e splicing alternativo são fatores que podem interferir com a especificidade do método.Despite the excellent prognosis, differentiated thyroid carcinoma (DTC) may recur in 20-40%, and prognosis is particularly related to early detection of recurrent disease. Therefore, long-term follow-up with sensitive tests is need. Serum thyroglobulin (Tg) has an established role as a tumor marker of relapse. However, there are technical limitations of Tg immunoassays, in special, the interference of anti-Tg antibodies and the method sensitivity is dependent on TSH stimulation. Detection of circulating malignant cells by amplification of tumor-specific mRNA showed initial promising results. However, almost one decade of studies of Tg mRNA detection in peripheral blood, its real contribution for DTC follow-up had not yet been established. After a critical analysis of published data, it is clear that there are many protocol differences and conflicting results. Therefore, it seems that amplification of thyroid-specific mRNAs is not superior to sensitive Tg assays and illegitimate transcription and alternative splicing of Tg are factors that may influence mRNA test specificity.
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Coelho, S. M., Vaisman, M., & Carvalho, D. P. de. (2006). Amplificação de mRNA de tireoglobulina no sangue de pacientes com carcinoma diferenciado da tireóide: qual o seu verdadeiro significado? Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 50(3), 427–435. https://doi.org/10.1590/s0004-27302006000300004
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