O presente artigo pretende analisar o Hospital Gaffrée e Guinle, construído na década de 1920, na cidade do Rio de Janeiro, em um processo de tomada de controle, pela administração pública, da gestão da assistência hospitalar na capital federal. Esse hospital representa o encontro da filantropia com um projeto de saúde pública posto em prática no Distrito Federal à mesma época. A instituição sintetiza também o desenvolvimento da medicina e sua tradução na arquitetura hospitalar, bem como a efervescência intelectual do período, mais especificamente das idéias nacionalistas, interpretadas tanto na escolha do estilo arquitetônico - o neocolonial - quanto na questão da salvação da raça através do combate e controle da sífilis.This paper analyzes the Gaffrée & Guinle Hospital, built in Rio de Janeiro during the 1920s as the result of a process whereby the government took over the management of hospital care in the federal capital. The hospital is the point of convergence between philanthropy and a public healthcare project implemented in the Federal District at that time. It also synthesizes the development of medicine and how the latter translates into hospital architecture, as well as the intellectual effervescence at the time, more specifically the nationalist ideas which can be identified both in the choice of architectural style - namely the neocolonial - and in the theme of salvation of a race through the combat and control of syphilis.
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Sanglard, G. (2007). Hospitais: espaços de cura e lugares de memória da saúde. Anais Do Museu Paulista: História e Cultura Material, 15(2), 257–289. https://doi.org/10.1590/s0101-47142007000200020
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