A sífilis é causada pelo Treponema pallidum e transmitida por via sexual, hematogênica ou vertical (TV) durante qualquer período da gravidez. Por orientação do Ministério da Saúde, seu rastreio seu e tratamento são oferecidos de rotina a todas as gestantes que realizam o pré-natal. No entanto, as taxas de morbidade materna, infecção congênita e mortalidade perinatal permanecem altas, representando ainda desafio à saúde pública. A persistên- cia da alta prevalência de sífilis congênita, apesar dos programas específicos de prevenção, é inquietante. Esta revisão visa contribuir para a divulgação do conhecimento atual no país e a elaboração de medidas que possam reduzir a transmissão vertical e a morbimortalidade materno-infantil da sífilis. A prevalência de sífilis em ges- tantes no Brasil é de 1,6%. A região Sudeste possui a maior taxa de notificação de sífilis congênita, e o Estado do Rio de Janeiro tem as maiores taxas de incidência por nascidos vivos (9,8/1.000), segundo dados do Ministério da Saúde. O custo da prevenção da infecção congênita, incluindo teste e tratamento, é menor que US$ 1,50 por pessoa, e o risco de transmissão vertical na gravidez varia de 70 a 100%, nos casos de sífilis recente, e 30 a 40%, na sífilis tardia. Nesta revisão, apresentamos uma discussão sobre o diagnóstico e o tratamento precoce da sífilis na gravidez, que, quando realizado adequadamente, pode prevenir resultados gestacionais desfavoráveis para o binômio mãe-filho. Um melhor entendimento da doença permite buscar formas de melhorar as políticas públicas, colaborando com a diminuição da prevalência da sífilis e suas complicações no Brasil
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Damasceno, A. B. A., Monteiro, D. L. M., Rodrigues, L. B., Barmpas, D. B. S., Cerqueira, L. R. P., & Trajano, A. J. B. (2014). Sífilis na gravidez. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, 13(3). https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.12133
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