Este artigo tem como objetivo discutir a segregação socioespacial no espaço urbano, buscando apontar seus determinantes fundamentais e refletir sobre as possibilidades e os limites da intervenção estatal mediante planejamento e políticas urbanas, na atual fase do capitalismo mundial. Para o aporte teórico, utilizaram renomados autores, como: Lojkine (1981), Ianni (1986), Meszáros (2011) e Mota (2008). A metodologia desenvolvida é típica das pesquisas bibliográficas, no intuito de vislumbrar novas perspectivas teóricas e possibilidades de modificar o espaço social urbano, em face do seu planejamento estratégico para o enfrentamento dos conflitos de segregação socioespacial. Os resultados apontam que a segregação pode ser visualizada pela: a) segregação das atividades e dos locais de moradia; b) distribuição dos serviços e equipamentos coletivos; e c) subordinação dos meios de transporte à lógica segregativa. O estudo mostrou que as tendências do planejamento urbano estatal, apesar de cada vez mais participativas e transparentes, ainda não foram capazes de apontar ações que impactem essa realidade, na tentativa de minimizar seus efeitos perversos, tendo em vista a manutenção da segregação socioespacial em níveis administráveis. Palavras-chave: Urbanização. Segregação Socioespacial. Estado. Políticas Urbanas.
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Beserra, M. dos R., & Teixeira, S. M. (2016). Urbanização e Segregação Socioespacial: O Papel do Estado no Planejamento Urbano. Revista FSA, 13(3), 228–246. https://doi.org/10.12819/2016.13.3.13