Resumo O objetivo da pesquisa foi investigar o letramento em saúde e associação com fatores sociodemográficos, autopercepção da saúde e qualidade de vida em adultos. Tratou-se de estudo transversal com adultos entre 20 e 59 anos, usuários da atenção primária à saúde, realizado em unidades básicas de saúde, de fevereiro a maio de 2015 – amostra probabilística. O letramento em saúde foi avaliado pelo Short Assessment of Health Literacy for Portuguese-Speaking Adults. Realizou-se análise estatística descritiva, análise bivariada (p ≤ 0,20) e regressão logística múltipla (p ≤ 0,05). O letramento em saúde inadequado foi frequente e inicialmente associado a sexo, escolaridade, última série cursada com aprovação, estudo formal mínimo, Critério de Classificação Econômica Brasil, plano de saúde, arranjo familiar, importância atribuída à saúde, nota atribuída à própria saúde, frequência de comparecimento à unidade básica de saúde e aos domínios relações sociais e ambiental do teste World Health Organization Quality of Life. No modelo final da regressão logística, somente a escolaridade permaneceu associada ao letramento em saúde, e indivíduos com menor escolaridade tiveram mais chance de ter letramento em saúde inadequado. Os achados sugerem a necessidade do desenvolvimento de estratégias de educação em saúde para os adultos usuários da atenção primária.Resumen El objeto fue investigar la alfabetización en salud y asociación con factores sociodemográficos, autopercepción de salud y calidad de vida. Este es un estudio transversal de adultos entre 20 y 59 años, usuarios de atención primaria de salud, que se realizó en unidades básicas de salud, de febrero a mayo de 2015 – muestra de probabilidad. La alfabetización en salud se evaluó mediante el Short Assessment of Health Literacy for Portuguese-speaking Adults. Un análisis estadístico descriptivo, análisis bivariado (p ≤ 0,20) y regresión logística múltiple (p ≤ 0,05) fue realizada. La alfabetización en salud inadecuada fue frecuente y en principio asociada con sexo, escolaridad, grado más alto con aprobación, estudio formal mínimo, Criterio de Clasificación Económica Brasil, seguro de salud, estructura familiar, importancia asignada a propia salud, puntuación para propia salud, frecuencia en la unidade básica de salud y dominios relaciones sociales y ambiental de la prueba World Health Organization Quality of Life. En el modelo final de regresión logística, sólo escolaridad se mantuvo asociado con alfabetización en salud, de modo que personas con menos escolaridad eran más propensas a tener alfabetización en salud inadecuada. Los hallazgos sugieren necesidad de desarrollar estrategias de educación en salud para adultos de atención primaria.Abstract The aim was to investigate health literacy and association with social and demographic factors, self-perception of health and quality of life in adults. This is a cross-sectional study with adults between 20 and 59 years, users of primary health care, conducted in the basic health units, from February to May of 2015 – probability sample. Health literacy was evaluated by means of Short Assessment of Health Literacy for Portuguese-speaking Adults. Descriptive statistical analysis, bivariate analysis (p ≤ 0.20) and multiple logistic regression (p ≤ 0.05) were performed. Inadequate health literacy was recurrent and initially associated with sex, schooling, last grade concluded with approval, minimum formal study, Brasil Economic Classification Criterion, health insurance, family arrangement, importance attributed to health, grade attributed to own health, attendance to the basic health unit and two domains of the test World Health Organization Quality of Life (social relations and environmental). In the final model of logistic regression, only schooling remained associated with health literacy, in a way that individuals with less schooling had more chance of having inadequate health literacy. The findings suggest the need to develop health education strategies for adult users of primary care.
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Marques, S. R. L., & Lemos, S. M. A. (2018). LETRAMENTO EM SAÚDE E FATORES ASSOCIADOS EM ADULTOS USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA. Trabalho, Educação e Saúde, 16(2), 535–559. https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00109
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