A partir de 1985 o sociólogo francês Michel Maffesoli começava a utilizar o termo “tribo urbana” em seus artigos, e em 1988 surgia o seu Le temps des tribus: le déclin de l’individualisme dans les sociétés postmodernes. O uso da noção era metafórico, para dar conta de formas supostamente novas de associação entre os indivíduos na “sociedade pós-moderna”: o autor fala em “neotribalismo”. Seriam essencialmente “micro-grupos” que, forjados em meio à massificação das relações sociais baseadas no individualismo e marcados pela “unissexualização” da aparência física, dos usos do corpo e do vestuário, acabariam, mediante sua sociabilidade, por contestar o próprio individualismo vigente no mundo contemporâneo.
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Frehse, F. (2006). As realidades que as “tribos urbanas” criam. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 21(60). https://doi.org/10.1590/s0102-69092006000100012
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