No contexto do crescente envolvimento de empresas em atividades internacionais, o objetivo deste artigo é analisar aspectos que favorecem ou dificultam processos de expatriação e repatriação, vivenciados por profissionais de organizações brasileiras que desenvolvem operações internacionais. Examinam-se aspectos relacionados à adaptação pessoal, profissional e familiar, como também a políticas e práticas de pessoas voltadas aos processos de expatriação e repatriação. A metodologia do estudo é de natureza qualitativa, com caráter exploratório- descritivo. A coleta de dados foi realizada em sete organizações brasileiras com operações internacionais, eleitas por intencionalidade, e em uma empresa de consultoria. Realizaram-se vinte entrevistas em profundidade com profissionais expatriados/repatriados e profissionais de recursos humanos. Os resultados sugerem que a adaptação no plano pessoal, profissional e familiar em processos de expatriação e repatriação é favorecida por aspectos como a proximidade cultural, o domínio do idioma do país anfitrião, os relacionamentos fora do trabalho, a disposição ao risco, a flexibilidde e ambição, a capacidade técnica, a perspectiva de ascensão profissional, a mudança da dinâmica familiar. Verificou-se também que as políticas e práticas de gestão de pessoas em organizações brasileiras favorecem parcialmente os processos de expatriação e repatriação. O estudo revela que práticas informais e o valor atribuído à experiência internacional como forma de recompensa estão presentes na expatriação de executivos brasileiros.
CITATION STYLE
Vianna, N., & Souza, Y. (2009). Uma análise sobre os processos de expatriação e repatriação em organizações brasileiras. Base – Revista de Administração e Contabilidade Da Unisinos, 6(4), 340–353. https://doi.org/10.4013/base.2009.64.05
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.