O artigo discute como o podcast no Brasil ganha contornos próprios a partir da segunda década dos anos 2000 e se transforma em meio para consumo em massa. De produto midiático alternativo e com produção de baixo custo, o podcast passa a integrar a estratégia de importantes players no mercado da comunicação. Por meio de pesquisas de mercado e de estudos acadêmicos como de Bonini (2015), Morozov (2018), Moreira (1998) e Ortriwano (1985) demonstra-se que parte dos podcasts produzidos se submete à lógica dos grupos hegemônicos da radiodifusão ou de produtoras de áudio e websites já consolidados. Questiona-se: estariam os podcasts mais ouvidos ganhando características típicas dos grupos dominantes e provocando a homogeneização de temáticas, de formatos e da ideologia? Considera-se a possibilidade de surgirem diferentes e criativos modelos de produção e de distribuição de podcasts.
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Cardoso, M., & Villaça, L. (2022). Podcast no Brasil: disrupção de modelos de comunicação ou submissão à lógica de grupos hegemônicos de poder? Revista Alterjor, 25(1), 111–126. https://doi.org/10.11606/issn.2176-1507.v25i1p111-126
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