O distanciamento social, uma das principais estratégias para minimizar a transmissão e o contágio pelo novo coronavírus, provoca um rompimento brusco e substancial nos comportamentos da vida diária, levando a diminuição dos níveis de atividade física e piora dos sintomas de depressão e ansiedade. O objetivo do estudo foi realizar uma revisão rápida de estudos epidemiológicos brasileiros que avaliaram a associação entre atividade física e saúde mental durante a pandemia de COVID-19. A busca pelos estudos foi realizada nas bases Scielo, Scielo Preprints e PubMed até o dia 27 de janeiro de 2021. Foram incluídos seis estudos que avaliaram um total de 64.473 brasileiros, com idades acima dos 18, de todas as regiões do país. Dos estudos analisados, quatro demonstraram que há uma associação entre atividade física e sintomas de depressão e ansiedade, um demonstrou que há associação entre atividade física e depressão e um que há associação entre atividade física e sintomas de ansiedade. Ser fisicamente inativo durante a pandemia da COVID-19 está associado a um risco 152% maior de apresentar depressão e 118% maior de ansiedade. Realizar 30 minutos ou mais de atividade física moderada a vigorosa por dia está associado a redução de 29% no risco de sintomas depressivos, 28% de ansiedade e 29% na co-ocorrência de sintomas de depressão e ansiedade. A prática de atividade física é uma estratégia importante de saúde pública para mitigar o impacto da pandemia e das medidas de isolamento social na saúde mental da população Brasileira.(AU)
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Waclawovsky, A. J., Santos, E. B. dos, & Schuch, F. B. (2021). Atividade física e saúde mental durante a pandemia da COVID-19: uma revisão rápida de estudos epidemiológicos brasileiros. Revista Brasileira de Psicoterapia, 23(1). https://doi.org/10.5935/2318-0404.20210011
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