Este artigo percorre algumas reflexões em nível epistemológico e empírico sobre o teatro, enquanto busca compreender melhor como estaria se dando, nesse basilar território da Arte, o emprego dos conceitos ligados ao teatro em interfaces com tecnologias criadoras de novos perceptos e afectos na arte contemporânea em diálogo com a educação. Interceptando-se o cenário da pandemia, iniciado em 2020, acrescenta-se, ainda, a urgência de maiores reflexões sobre a criação e a prática de novas linguagens. Isso porque, dentre outros expedientes proporcionados pelos mais recentes usos das novas tecnologias, passaram a fazer parte integrante do teatro e da educação também as redes sociais, as aulas e os eventos on-line, pensados nos contextos das interações não presenciais do período pandêmico. Gilles Deleuze e Antonin Artaud nos conduzem como pensadores referenciais, por entendermos ambos também como educadores, no sentido de haverem feito escola sobre a criação filosófica e artística voltada à Diferença e à Vida. Acrescente-se, ainda, o fato de que no novo cenário pandêmico, lido semioticamente, o corpo e a máscara têm sofrido des(re)territorializações, se vistas à luz dos conceitos deleuzeanos de “rostidade” e “corpo sem órgãos”, este último inspirado em Artaud.
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Fusaro, M. (2022). Teatro, tecnologias e educação em perceptos e afectos inovadores. OuvirOUver, 17(2), 257–268. https://doi.org/10.14393/ouv-v17n2a2021-60789
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