Resumo: Este artigo busca mostrar como podemos pensar o a priori histórico sob duas perspectivas diferentes. Por um lado, quando Husserl fala de um a priori histórico, ele se refere à tradição-uma forma de afirmar que a história do pensamento é contínua e segue um espírito em comum. Isto implica, ao mesmo tempo, que a tradição, apesar de ser um discurso anterior ao sujeito, depende, claramente, de um sujeito falante, de sua atividade presente, para que ela possa existir. Por outro, na proposta de Foucault, o a priori histórico é visto a partir daquilo que tornaria possível surgir uma multiplicidade de enunciados numa dada época (arquivo). Portanto, trata-se de uma história que não está pautada na subjetividade, mas no próprio discurso. O que resta destas duas concepções é saber o estatuto das ciências matemática e física: se-riam elas um modelo ou uma exceção? Palavras-chave: a priori histórico; tradição; arquivo; episteme; arqueologia. No Vocabulário de Foucault (2004) de Edgardo Castro en-contramos uma passagem no verbete sobre a fenomenologia instigante. Assim lemos: o único texto de Foucault dedicado à análise de um problema espe-cificamente husserliano é a introdução a Binswanger; contudo, pode-1
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Manzi, R. F. (2014). DUAS NOÇÕES DE A PRIORI HISTÓRICO: A TRADIÇÃO E O ARQUIVO – A CONCEPÇÃO DE UMA “ANTI-CRISE” DE MICHEL FOUCAULT. Philósophos - Revista de Filosofia, 19(1). https://doi.org/10.5216/phi.v19i1.27878
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