O diabetes é, atualmente, uma das doenças mais importantes que afetam a humanidade. A Organização Mundial de Saúde tem estimulado a investigação de plantas medicinais para serem usadas em seu tratamento, uma vez que essa doença alcançará 300 milhões de pessoas em 2030. Os fitoterápicos podem atuar como forma opcional de terapêutica, considerando-se seu menor custo, cujos benefícios somam-se aos da terapia convencional. Inúmeras plantas tiveram seu efeito hipoglicêmico confirmado experimentalmente, entretanto, muitas não foram validadas como medicinais, via protocolos científicos. O trabalho objetiva identificar plantas medicinais utilizadas no Brasil como antidiabéticas, destacando algumas que tiveram efeitos hipoglicemiantes cientificamente comprovados. Foram relacionados 65 táxons, pertencentes a 35 famílias. Pelo levantamento bibliográfico constatou-se que Arctium minus (Hill) Bernh. (bardana), Eucaliptus globulus Labill. (eucalipto), Syzygium jambolanum DC. (jambolão), Bidens pilosa L. (picão), Salvia officinalis L. (sálvia) foram citadas 7vezes; Urtica spp. (urtigas) 9 vezes; Allium sativum L. (alho), Phyllanthus niruri L. (quebra-pedra) 10 vezes; Baccharis trimera DC. (carqueja) e Anacardium occidentale L. (cajueiro) 11 vezes, e, Bauhinia forficata Link. (pata-de-vaca), 17 vezes. A folha foi o órgão mais utilizado nas preparações. Estudos demonstraram que extratos de ‘bardana’, ‘alho’ e ‘carqueja’ mostraram-se eficientes como terapia complementar em diabéticos. Experimentos apontam para a validade do uso de ‘pata-de-vaca’ nesse tratamento. Estudo clínico mostrou o efeito hipoglicemiante da casca do ‘cajueiro’. Os resultados demonstram a importância dos fitomedicamentos como coadjuvantes no tratamento do diabetes tipo 2. Pesquisas que comprovem a ação terapêutica de princípios ativos vegetais são fundamentais para garantir eficácia e segurança da sua utilização, por profissionais de saúde.
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Borges, K. B., Bautista, B. H., & Guilera, S. (2008). DIABETES – UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS COMO FORMA OPCIONAL DE TRATAMENTO. Revista Eletrônica de Farmácia, 5(2). https://doi.org/10.5216/ref.v5i2.5149
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