A criança e o adolescente, juntamente com a mulher e a família, transformaram-se em objetos de estudo privilegiados por cientista sociais, nas últimas décadas. No caso da criança, a atenção tem recaído em dois extremos: ou a criança-padrão, típica dos estratos médios, em que se baseiam as teorias psicológicas, ou o oposto dela, a criança abandonada e/ou que vive nas ruas. Desse modo, a criança pertencente às camadas populares, mas que não vive nem abandonada, nem nas ruas, tem sido a vitima do esquecimento de quase todos. É natural que a situação extrema de abandono e de desproteção mereça, em certo momento, maior atenção de todos nós. Contudo, acautelemo-nos: ao contrário do que muitos pensam, a grande maioria das crianças pobres vive o seu quinhão de miséria nos limites do próprio bairro. [...]
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Gomes, J. V. (1990). A criança e a família. TRAVESSIA - Revista Do Migrante, (7), 22–25. https://doi.org/10.48213/travessia.i7.161
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