Formas de autonomia da ciência

  • Oliveira M
N/ACitations
Citations of this article
25Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

Na primeira parte deste ensaio, distinguimos três formas que a autonomia da ciência assume ao longo de sua história: a galileana, a vannevariana e a neoliberal. A galileana foi reivindicada por Galileu em seu conflito com a Igreja Católica. O termo “vannevariana” vem de Vannevar Bush, responsável pelo rela- tório Science, the endless frontier, que teve um papel fundamental na conformação das práticas científicas no período pós Segunda Guerra. A autonomia vannevariana diz respeito aos rumos da pesquisa científi- ca. A autonomia neoliberal consiste na liberdade de cada cientista procurar financiamento para as pes- quisas que deseja realizar em qualquer fonte, pública ou privada, tendo em vista apenas seu auto-inte- resse (intelectual e/ou econômico). Na segunda parte do ensaio, utilizamos o arcabouço conceitual e his- tórico proporcionado por essas distinções para discutir a questão: que forma de autonomia deve ser reivindicada pela ciência nos dias de hoje? O procedimento consiste em determinar, para cada uma das três formas, o que deve ser mantido e o que deve ser abandonado. A conclusão a que se chega é a de que a autonomia neoliberal deve ser descartada, a vannevariana restringida, e a galileana preservada. Palavras-chave ● Autonomia da ciência. Galileu. Serendipidad

Cite

CITATION STYLE

APA

Oliveira, M. B. de. (2011). Formas de autonomia da ciência. Scientiae Studia, 9(3), 527–561. https://doi.org/10.1590/s1678-31662011000300005

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free