Este artigo apresenta a pedagogia histórico crítica e a psicologia histórico cultural, ensaia, ainda, fazer inferências para a formação de professores no Brasil. Para tanto, buscou-se a fundamentação teórica em autores como Dermeval Saviani, Newton Duarte, Vigotski, Leontiev, Lígia Márcia Martins, Marilda Facci, Marta Sforni. A pedagogia histórico crítica postula que o ato educativo caracteriza-se pela intencionalidade, tendo como objetivo a apropriação do conhecimento sistematizado pelo aluno. Nesse mesmo sentido, a psicologia histórico cultural compreende que a aprendizagem dos conhecimentos escolares são fundamentais para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores. O bom ensino nessa perspectiva é aquele que promove o desenvolvimento do indivíduo que é sempre um desenvolvimento social e histórico. Estas abordagens fazem o enfrentamento e a superação das pedagogias do aprender a aprender que encontram seus fundamentos no construtivismo e que apregoam que mais importante do que ensinar ou aprender é levar o aluno a encontrar caminhos para o aprender a aprender. O trabalho do professor, segundo essas pedagogias, seria o de um facilitador da aprendizagem, o que tem levado a um esvaziamento de sua função acarretando sérias consequências para o processo do ensino aprendizagem dos alunos em sala de aula. Finalmente, este artigo aponta segundo a perspectiva marxista a defesa da formação omnilateral dos professores como elemento imprescindível para o avanço rumo à consolidação de um ensino público de qualidade.
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Haddad, C. R., & Pereira, M. de F. R. (2013). PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E PSICOLOGIA HISTÓRICO CULTURAL: INFERÊNCIAS PARA A FORMAÇÃO E O TRABALHO DE PROFESSORES. Germinal: Marxismo e Educação Em Debate, 5(2), 106. https://doi.org/10.9771/gmed.v5i2.9703
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