Este trabalho apresenta uma breve apresentação crítica da história do DSM. A partir de fragmentos de um caso clínico atendido em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e com base nas controvérsias criadas em torno da classificação DSM, faz-se uma comparação entre um diagnóstico concebido pelo DSM e um diagnóstico realizado pelo viés da Psicanálise com o objetivo de demonstrar que diferentes razões diagnósticas acarretam distintas conduções do tratamento. Demonstram-se ainda as consequências clínicas do modus operandi da Psicanálise com o sujeito histérico, cujo cerne é fazer emergir o sujeito a partir de sua fala. Apontam-se algumas consequências da razão diagnóstica predominante na Psiquiatria contemporânea com sua lógica diagnóstica que desconhece a singularidade do sujeito em seu jogo com o sintoma. Conclui-se que o sintoma histérico pode funcionar como um convite para que o médico ocupe uma posição subjetiva em relação ao sujeito, afastando-se do discurso científico e objetivo, característico da instituição médica.
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Kyrillos Neto, F., Lemes e Silva, C., Abigail Pederzoli, A., & Luísa Azôr Hernandes, M. (2017). HISTERIA E DIAGNÓSTICO PSIQUIÁTRICO NA CONTEMPORANEIDADE: TENSÕES COM A PSICANÁLISE. Psicologia Argumento, 32(77). https://doi.org/10.7213/psicol.argum.32.077.ao01
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