Manipulação na ordem dos exercícios e sua influência sobre número de repetições e percepção subjetiva de esforço em mulheres treinadas

  • Monteiro W
  • Simão R
  • Farinatti P
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Abstract

Os exercícios resistidos (ER) são prescritos em função da combinação de diversas variáveis. Para algumas, como a ordenação dos exercícios, as evidências que fundamentam as recomendações disponíveis revelam-se insuficientes. O objetivo do estudo foi investigar a influência de diferentes ordens de execução nos ER sobre o número de repetições e percepção subjetiva de esforço (PSE) em mulheres treinadas. Compuseram a amostra 12 mulheres (22 ± 2 anos), com experiência em ER de pelo menos seis meses. Os dados foram coletados em cinco dias alternados. No primeiro, aplicou-se o questionário PAR-Q, anamnese para identificação das atividades físicas realizadas e medidas antropométricas. No segundo e terceiro dias, mediu-se a carga máxima e testou-se a reprodutibilidade dos testes de 10 repetições máximas (10RM) nos exercícios selecionados. No quarto e quinto dias executaram-se as sessões com as duas seqüências propostas (SEQA e SEB), uma começando pelos exercícios envolvendo os maiores grupamentos musculares e a outra iniciando pelos menores. Assim, na SEQA realizaram-se: supino horizonal (SH), desenvolvimento em pé (DP) e rosca tríceps no pulley (TR), enquanto na SEQB a ordem foi TR, DP e SH. Os voluntários realizaram três séries de cada exercício com cargas para 10RM e intervalos de três minutos entre as séries e exercícios. Em cada série, mediu-se o número máximo de repetições. Os resultados revelaram diferenças significativas na média de repetições em cada seqüência, para todos os exercícios, o mesmo não ocorrendo com a PSE. Nas seqüências investigadas, o exercício realizado por último sempre apresentou menor número de repetições, independentemente do grupo muscular envolvido. Em conclusão, as ordenações dos exercícios tenderam a alterar o desempenho nas duas seqüências observadas, ao menos no tocante ao volume de treinamento. Essa influência associou-se mais à posição do exercício na seqüência do que ao tamanho do grupamento muscular ou número de articulações envolvidas. Os resultados de PSE foram similares em ambas as seqüências, sugerindo que seu valor como indicador de fadiga em sessões de ER deva ser melhor analisado.Los ejercicios resistidos (ER) se prescriben en función de la combinación de varias variables. Para algunos, la clasificación de los ejercicios, las evidencias que cada uno basan las recomendaciones disponibles se revelan insuficientes. El objetivo del estudio fue investigar la influencia de la ejecución diferente que se pide en ER sobre el número de repeticiones y la percepción subjetiva de esfuerzo (PSE) en mujeres entrenadas. Ellas compusieron una muestra de 12 mujeres (22 ± 2 años), con experiencia en ER de seis meses por lo menos. Los datos se colectaron en cinco días alternados. Primeramente, se aplicó un cuestionario PAR-Q, anamnesis para la identificación de las actividades realizadas y las medidas antropométricas. En el segundo y tercer días, la carga del máximo era moderada y el reproducibilidad de las pruebas de 10 repeticiones del máximo fue probada (10RM) en los ejercicios seleccionados. En el cuarto y quinto días las sesiones se ejecutaron con las dos propuestas de las sucesiones (SEQA y SEQB), en un principio para los ejercicios que involucran el agrupamientos musculares más grande y el otro los más pequeños. Así, en se realizó la SEQA: horizontal supino (SH), desarrollo de pie (DP) y tríceps en polea (TR), mientras que para SEQB el orden fue TR, DP y SH. Los voluntarios lograron tres series de cada ejercicio con cargas para 10RM y intervalos de tres minutos entre la serie y ejercicios. En cada serie, el número del máximo de repeticiones era moderado. Los resultados revelaron diferencias significantes en el promedio de repeticiones en cada sucesión, para todos los ejercicios, el mismo pasó con PSE. En las sucesiones investigadas, el ejercicio logró en último lugar siempre presentar un número más pequeño de repeticiones, independientemente del grupo muscular envuelto. En conclusión, las clasificaciones de los ejercicios tendieron a alterar la acción en las dos sucesiones observadas, por lo menos acerca del volumen de entrenamiento. Esa influencia se asoció más a la posición del ejercicio en la sucesión, que al tamaño del agrupamiento muscular o al número comprendido de articulaciones. Los resultados de PSE eran similares en ambas sucesiones y sugiere que su valor como indicador del fadiga en sesiones de ER debe analizarse mejor.Resistance exercises (RE) are prescribed in function of the combination of several variables. For some variables such as the exercises ordering, the evidences that guide the available recommendations reveal to be insufficient. The objective of this study was to investigate the influence of different RE execution orders on the number of repetitions and effort subjective perception (ESP) in trained women. The sample was composed of 12 women (22 ± 2 years) with at least six months of practice in RE. The data were collected in five alternated days. In the first, the PAR-Q questionnaire was applied, anamnesis for the identification of the physical activities performed and the anthropometrical measures. In the second and third days, the maximal load was measured and the reproducibility of the 10-maximum repetitions tests (10RM) in the selected exercises was tested. In the fourth and fifth days, the sessions with the two sequences proposed (SEQA and SEQB) were performed; one session with exercises involving the larger muscular groups and the other involving the smaller ones. Thus, the following exercises were performed in the SEQA: horizontal supine (HS), standing development (SD) and triceps in the pulley (TR), while in the SEQB, the following order was performed: TR, SD and HS. The volunteers performed three series of each exercise with loads of 10RM and intervals of three minutes between series and exercises. In each series, the maximum number of repetitions was measured. The results revealed significant differences in the average of repetitions in each sequence for all exercises, unlike what was observed for the ESP. In the sequences investigated, the last exercise performed always presented a lower number of repetitions, regardless the muscular group involved. In short, the exercise order tended to change the performance in both sequences observed, at least with regard to the training volume. This influence was more associated with the position of the exercise in the sequence than with the size of the muscular group or with the number of joints involved. The ESP results were similar in both sequences, suggesting that its value as fatigue indicative in RE sessions should be better analyzed.

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Monteiro, W., Simão, R., & Farinatti, P. (2005). Manipulação na ordem dos exercícios e sua influência sobre número de repetições e percepção subjetiva de esforço em mulheres treinadas. Revista Brasileira de Medicina Do Esporte, 11(2), 146–150. https://doi.org/10.1590/s1517-86922005000200010

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