Resumo: Partimos do pressuposto que a Declaração Universal dos Direitos Humanos (UNESCO, 1948) teve o mérito de ampliar as conquistas sociais, que têm contribuído para o exercício da democracia social e a liberdade do indivíduo, mesmo considerando-se as condições objetivas materiais. Considerando a conquista do direito de acesso de todos à educação, consolidado nos Estados democráticos, cumpre-nos refletir sobre suas implicações e impactos sociais. Nosso estudo envolve a inclusão em educação, em sua perspectiva alargada, com base na participação dos diversos grupos sociais. Sendo assim, o direito propalado representa exigências e desafios à sociedade, uma vez que as leis não democratizam a escola e, sim, suas experiências pedagógicas inclusivas. Essa questão de investigação deriva de nossa experiência como pesquisadora, que nos possibilitou a inserção ao longo de um ano em um colégio público de ensino médio na cidade do Rio de Janeiro, período no qual tivemos acesso aos documentos do colégio, bem como aos professores. Sustentados pelo referencial da teoria crítica no pensamento de Adorno, e pelo referencial conceitual-analítico que implica na articulação entre as dimensões de construção de culturas, desenvolvimento de políticas e orquestração de práticas (BOOTH; AINSCOW), tecemos nossa discussão com base nas percepções dos professores em relação ao direito de todos à educação, buscando refletir sobre as questões que se constituem como exigências e desafios para se estabelecer efetivamente experiências inclusivas no cotidiano das escolas.
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Leme, E. S., & Costa, V. A. da. (2016). Educação, Inclusão e Direitos Humanos: Como esse Estuário desaguou na Escola. Revista Educação Especial, 29(56), 667. https://doi.org/10.5902/1984686x10078
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