O objetivo deste estudo com mulheres da Rocinha, que praticam musculação de forma regular e assídua em academia local, é analisar como se representam e como agem para se manterem nos espaços sociais e de trabalho, com valorização da aparência e da capacitação do corpo. A hipótese é que as mulheres estão conscientes dos desafios e dificuldades com que se defrontam para empoderar-se. A observação participante de 17 mulheres de 16 a 34 anos, em academia de musculação e a análise de entrevistas semi-estruturadas permitiram-nos constatar que as mulheres negociam com o poder, usando as energias para crescer, desenvolvendo o embelezamento do corpo como estratégia para fortalecer o eu e para firmar-se no emprego. Representam a musculação como recurso para melhorar a qualidade de vida e o bem estar físico e mental.
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Votre, S. J., Vigne, J. A., & Lacerda, Y. (2008). MULHERES DA ROCINHA: RELAÇÕES ENTRE CORPO, IDENTIDADE E TRABALHO. Movimento (ESEFID/UFRGS), 14(3), 53–69. https://doi.org/10.22456/1982-8918.2550
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