omunicar por escrito é submeter-se a muitas variáveis intervenientes, como por exemplo, o público a que se destina, a finalidade, o tipo do veículo e outras mais. Numa revista acadêmica, por exemplo, a apr esentação de um texto pede ou a prova de uma hipótese, ou a dedução de uma concl u-são, ou a justificativa da oportunidade do tema. Não importa como ou por quê, mas o texto vem sempre acompanhado de bibliografia, comentada ou não, e de pelo menos alguma menção à oportunidade do tema. Um mesmo conteúdo pode ser exposto na forma de jornalismo cientí-fico ou cultural, pode aparecer em revistas acadêmicas, pode ser apresentado em conferências e mesas redondas. No caso do jornalismo, apresenta-se e ilustra-se o fato, o tema, a hipótese, sem a obrigação de provar, deduzir ou concluir o tema ou a hipótese. Basta chamar a atenção para o fato. Pode ai n-da, o mesmo tema, transformar-se num misto dos dois anteriores, na forma de um ensaio ou mesmo de uma crônica. Sem pretender aqui mais do que comentar, gostaria de chamar a aten-ção para a importância da divulgação de hipóteses que podem levar o leitor a refletir sobre o tema, a perceber mais detalhes, ou mesmo, para fazer o pes-quisador atentar para o que ocorre no mundo fora do olhar da ciência.
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Mautner, A. V. (2003). Vergonha. Psicologia USP, 14(2), 225–229. https://doi.org/10.1590/s0103-65642003000200011
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