A ideia de promover saúde tem se tornado uma energia fundamental no movimento de saúde coletiva, no qual saúde é um fenômeno social e marcado por iniquidades. Este trabalho teve como objetivo compreender as relações entre promoção da saúde e iniquidades de acesso e assistência em saúde, identificandoos entraves para uma prática equânime da saúde pública com ênfase à qualidade de vida. Os diferentes perfis de doença e suas mediações sociais ultrapassam os estudos de variação biológica e incorpora o foco na dimensão social das vulnerabilidades. Para promover saúde no Brasil, é indissociável do enfrentamento de uma realidade de iniquidades históricas de grandes proporções que impõem desafios cotidianos não apenas ao setor de saúde, mas a todos aqueles que constroem políticas públicas. A qualidade de vida depende da satisfação das necessidades básicas de todos os cidadãos, propondo uma gestão baseada na solidariedade social, uma visão holística dos problemas e a redução das iniquidades. A promoção da saúde em um país tão desigual como o Brasil propõe um desafio constante aos atores envolvidos no sistema de saúde. A compreensão das iniquidades em saúde para estabelecer uma assistência holística é um processo difícil, mas extremamente relevante para a saúde pública.
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ALMEIDA, A. R. de, & ATHAYDE, F. T. S. (2016). Promoção da saúde, qualidade de vida e iniquidade em saúde: reflexões para a saúde pública. Tempus Actas de Saúde Coletiva, 9(2), 165. https://doi.org/10.18569/tempus.v9i2.1818
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