Neste artigo, proponho uma abordagem ecológica de cognição e linguagem, demonstrando que os processos de conceptualização parecem emergir da interação organismo-ambiente. Tal abordagem cognitiva exige a coordenação dos dois extremos dessa emergência e a consideração de que o uso da linguagem inevitavelmente envolve tanto os processos iniciais de interação do organismo com o ambiente quanto as estruturas e os processos que emergem dessas interações. De acordo com a abordagem aqui proposta, desenvolvemos conceitos e reorientamos nossos pensamentos sobre o mundo por meio de um mecanismo conhecido como framing, isto é, o recurso discursivo-cognitivo de que dispomos para (re)modelar circuitos neurais (ou frames).
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Duque, P. H. (2017). De perceptos a frames: cognição ecológica e linguagem. Scripta, 21(41), 21. https://doi.org/10.5752/p.2358-3428.2017v21n41p21