O metabolismo dos lipídios nos ruminantes envolve processos que modificam substancialmente os lipídios da dieta, sendo parcialmente responsáveis pela presença de grandes quantidades de ácidos graxos saturados na carne destes animais, bem como pela presença de CLA. Diante da preocupação do consumidor atual com aspectos concernentes à saúde, a ciência animal tem buscado manipular o perfil lipídico da carne de pequenos ruminantes objetivando enriquecê-la com ácidos graxos poli-insaturados, diminuir a relação saturado/insaturado e aumentar os teores de CLA. A dieta tem sido apontada como principal fator que influencia o perfil lipídico da carne de ruminantes. A literatura sugere que a suplementação com lipídios ricos em ácidos graxos poli-insaturados é eficiente em diminuir os ácidos graxos saturados e aumentar os teores de ácidos poli-insaturados benéficos à saúde humana. Fatores como relação volumoso : concentrado, fonte lipídica usada na suplementação, proteção da gordura e tempo de suplementação têm influência significativa sobre o efeito da inclusão de lipídios na alimentação de pequenos ruminantes. As sementes oleaginosas e seus respectivos óleos têm se mostrado eficientes em incrementar os teores de ácidos graxos poli-insaturados e CLA na carne de caprinos e ovinos. O óleo de peixe e extrato de algas marinhas são fontes eficazes para maior deposição de ácidos graxos poli-insaturados de cadeia muito longa na carne. São necessárias mais pesquisas que investiguem como a dieta, e mais precisamente os lipídios, modulam os processos que ocorrem em nível de rúmen e modificam o perfil lipídico da carne de caprinos e ovinos.
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Urbano, S. A., Ferreira, M. A., Oliveira, J. P. F., Lima Júnior, D. M., & Andrade, R. P. X. (2014). Fontes de gordura sobre a modulação do perfil de ácidos graxos da carne de pequenos ruminantes. Archivos de Zootecnia, 63(241), 147–171. https://doi.org/10.21071/az.v63i241.596
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