Em geral, as tentativas para estabelecer áreas prioritárias para conservação no Cerrado têm sido baseadas em critérios subjetivos. No presente trabalho, foram utilizados dados macroecológicos de distribuição de 129 espécies de serpentes distribuídas em 181 células com 1o de latitude/longitude do Cerrado para analisar padrões espaciais na riqueza e propor uma estratégia de conservação para essas espécies. Verificou-se que as cinco variáveis ambientais analisadas explicaram apenas 34,65% da variação na riqueza de serpentes do Cerrado. Para seleção de áreas prioritárias utilizando-se procedimentos de otimização, estabeleceu-se que 14 células são necessárias para representar todas as espécies pelo menos uma vez. Também foram incorporados ao modelo os padrões de ocupação humana no Cerrado, visando minimizar conflitos entre desenvolvimento e conservação, e neste caso as células concentram-se principalmente no sudoeste do bioma. Em função da falta geral de conhecimento sobre os padrões mais locais de distribuição de espécies no Cerrado, esses resultados devem ser considerados preliminares. De qualquer modo, o presente estudo, em escala biogeográfica, é importante para estabelecer estratégias metodológicas e para fornecer uma visão ampla dos padrões de diversidade e de que regiões seriam mais importantes para sua conservação
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Couto, L. D. F., Terribile, L. C., & Diniz Filho, J. A. F. (2007). Padrões espaciais e conservação da diversidade de serpentes do bioma cerrado. Acta Scientiarum. Biological Sciences, 29(1). https://doi.org/10.4025/actascibiolsci.v29i1.145
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